Descrição: Espironolactona e eplerenona possuem ação cardioprotetora sobre a lesão cardíaca causada por isquemia e reperfusão (I-R). Ambas são capazes de reduzir a área infartada quando administradas antes da isquemia e/ou no início da reperfusão, sugerindo que esses fármacos atuem como agentes de pré e pós-condicionamento farmacológico. No entanto, pouco se sabe sobre o mecanismo protetor desencadeado por esses antagonistas no coração. Um estudo realizado em coração isolado de ratos submetidos a I-R demonstrou que um inibidor não seletivo para receptores de adenosina bloqueou a ação de antagonistas de MR durante a reperfusão. A ativação de receptores de adenosina (A1, A2a, A2b e A3) estão envolvidos na cardioproteção desencadeada pelo pré e pós-condicionamento isquêmico. Nossa proposta é tentar entender um pouco mais sobre a ação cardioprotetora de antagonistas de MR na I-R. Para isso, testaremos as seguintes hipóteses: A ação cardioprotetora de antagonistas MR pode estar sendo mediada por receptores de adenosina e/ou esses antagonistas poderiam estar, de alguma forma, aumentando os níveis de adenosina no tecido cardíaco ou inibindo a degradação da mesma, bloqueando suas enzimas degradadoras. Para isso, realizaremos ensaios in vivo e in vitro. In vivo, avaliaremos o efeito dos antagonistas de MR, eplerenona e espironolactona, sobre o tamanho da área infartada de corações de ratos submetidos a I-R, na presença e na ausência de antagonistas seletivos para os quatro subtipos de receptores de adenosina. Avaliaremos, também, os níveis séricos de adenosina nos animais. In vitro, utilizaremos células de cardiomiócitos, que serão submetidas à hipóxia/reoxigenação. Verificaremos o efeito dos antagonistas de MR sobre os níveis de adenosina nas células cardíacas e sobre a atividade da adenosina quinase/ e deaminase.